Acusado de tentativa de homicídio tem crime desclassificado para lesão corporal leve

O 2º Tribunal do Júri do Fórum Beviláqua desclassificou o crime cometido pelo réu Ariosvaldo Farias de tentativa de homicídio para lesão corporal de natureza leve. Por maioria de votos, os jurados rejeitaram a tese de que o acusado tivesse a intenção de matar Francisco Antônio Filomeno de Castro. O julgamento, presidido pelo juiz Henrique Jorge Holanda Silveira, foi realizado nessa segunda-feira (22/11).

Caso a vítima queira dar prosseguimento ao processo, poderá representar contra o acusado pelo crime de lesão corporal. Caso não queira, o juiz pode extinguir a pena de Ariosvaldo de imediato.

O CRIME

De acordo com denúncia do Ministério Público, o fato ocorreu no dia 23 de maio de 2005, no bairro Colônia, em Fortaleza. A vítima estava no alpendre da casa da namorada, quando o acusado chegou pedindo um cigarro.

A acusação afirmou que Ariosvaldo teria colocado munição no revólver 38 e disparado contra Francisco Antônio que, mesmo ferido, conseguiu fugir e foi levado para o Instituto Dr. José Frota (IJF).

Em defesa, Ariosvaldo reconheceu que efetuou o disparo, mas apresentou outra versão. Ele contou que, dias antes, quando se dirigia ao trabalho, foi abordado por Francisco Antônio, que, armado com uma faca, tomou-lhe o dinheiro e ameaçou matar quem o denunciasse à polícia.

O acusado disse também que, desde o assalto, a vítima passou a fazer constantes ameaças e a “cobrar pedágio”, exigindo uma quantia em dinheiro para que ele pudesse transitar pelo bairro. Ariosvaldo afirmou que, temendo ser assassinado, comprou uma arma.

No dia do crime, ainda segundo ele, encontrou casualmente Francisco Antônio que, novamente, teria pedido “dois contos”, simulando portar um revólver.

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